Ao sair da casa de banho dei-me conta de um certo ruído, parecia alguém a tocar á campainha. Rapidamente, dirigi-me á janela do meu quarto, na qual dava para ver quem estava á porta.
Era o Gustav já estava a ficar impaciente e preocupado. Durante o largo tempo que estive na casa de banho ele ficou em pé com algo vermelho na mão tocando á campainha.
Despachei-me apressadamente a ir abrir a porta. Á porta estava o Gustav com um grande ramo de rosas murchas, no qual estava um pequenino coração que dizia “IchLiebeDich”. Ao ver esta cena senti-me mal. Eu tinha estado ao telefone com a Joana, demorando-me assim no banho enquanto que o Gustav e as suas, quer dizer, as minhas rosas ficaram lá fora a tostar ao sol. L
Ao vê-lo lembrei do dia de ontem, um dia tão grande e com tantas descobertas.
As rosas embora estivessem murchas continuavam lindas, assim como o rapaz que as trazia com um aspecto cerimonial, e com um saco de cabide preto, não dando para ver o que este trazia dentro.
A minha curiosidade a olhar aquele saco ia ficando maior a cada minuto, mas o calor continuava imenso e o Gustav estava lá fora ao assolador sol.
Disse-lhe para entrar, e ele assim o fez.
O seu olhar cruzou o corredor central do inicio ao fim. Era uma casa pequena, mas com vários corredores a minha.
Não conseguindo conter a minha ansiedade de curiosidade, e de saudades tive de o levar para o 1º andar. Para o quarto onde eu o vi á entrada, o meu quarto – lá nos sentiríamos mais á vontade para falar, namorar e descobrir porque tantas cerimonias, o porque de ele estar vestido de smoking e trazer um saco preto onde na minha imaginação estava um vestido azul lindo.
Entramos no quarto que estava totalmente desarrumado pois estava a tentar escolher a roupa mais apropriada para receber o Gustav em minha casa. Ao por os dois pés dentro do quarto e se aperceber de tal bagunça teve que dizer algo.
Gustav: Uau... acho que nunca vi tanta roupa num só chão. Nem mesmo no camarim do Bill.
Karina: Pois… (sentia-me a ficar totalmente corada, não esperava que ele aparecesse enquanto que eu escolhia a roupa, sabia que ele iria aparecer, mas nunca iria imaginar agora) estava a tentar escolher a roupa apropriada para estar contigo…
Gustav: aHH… não é preciso te preocupares com isso.
Karina: Não?
Gustav: Não. Eu planei algo especial para nós hoje. (Na minha cabeça pairavam mil e uma ideias sobre o que poderia ser este “algo especial”. Seria uma saída unicamente a dois a outra cidade? Um passeio pelo rio Elbe?)
Karina: Mas e que roupa levo?