Ao olhar para aquele vestido, tão cerimonioso percebi que este não ia ser um dia normal como os outros, bem desde que o conheci mais nenhum dia era normal, ou vulgar.
Vesti vagarosamente e cuidadosamente o vestido. Era tão lindo que na minha ideia era uma espécie de porcelana nas minhas mãos, sentia que podia rasgar-se ao mais pequeno esforço.
Tal como o Gustav me tinha dito o vestido era exactamente o meu número. Olhei-me ao espelho uma outra vez antes de sair da casa de banho onde me estava a vestir para ele não ver como me ficava o vestido antes de eu ver.
Saí da porta da casa de banho, atravessei o pequeno corredor. Podia estar á vontade pois apenas estava eu sozinha em casa, neste momento com Gustav, a minha madrasta e meu pai tinham ido trabalhar como qualquer adulto vulgar.
Os olhos de Gustav quando abri ganharam outra maneira de olhar, uma espécie de admiração com olhos de cachorro pois parecia totalmente seduzido pelo vestido em meu corpo, mas os olhos dele nem pestanejavam, nem um único desviar de olhar. Será que afinal o vestido não me ficava assim tão bem como eu tinha ideia?